segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A LUTA QUE NOS ESPERA!

Ao findar 2009, vamos nos dando conta da luta travada no decorrer deste ano para nos mantermos visceralmente articuladas ao Projeto Ético-Político profissional.
Estamos vivendo um tempo de escolhas! E estas podem estar comprometidas simplesmente a nada, a negociatas, à hipocrisia, à luta, à tomada de decisões, ao conformismo, à mesmice.
E este ano, para o Serviço Social, a escolha vem se materializando através de uma luta surda no interior da categoria, de desconstituição do Projeto Ético-Político da profissão. Porque para materializá-lo no cotidiano é necessário tomar posição, é dizermos o lado em que estamos, qual a luta que vamos lutar. E não é fácil, porque toda posição implica em perdas!
O ano de 2010 se prenuncia como um novo caminho em que é necessário consolidar nosso Projeto Ético-Político profissional de vez, logo, a escolha pela sua consolidação vai implicar em permanecer na luta, na resistência. Este é o desafio que a categoria dos assistentes sociais tem que enfrentar em um novo ano que se prenuncia no horizonte profissional.
Bom 2010 a todos! Boa luta!

Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

REDE: Serviço Social Legal na Ulbra de Carazinho

Damos destaque, aqui, ao blog Serviço Social Legal, dos alunos da Ulbra de Carazinho.

A sinopse do blog:
Somos o Serviço Social da ULBRA Carazinho. Acreditamos na profissão que escolhemos e somos felizes com nossa escolha. Queremos compartilhar com você o nosso Curso e a Profissão! Sejam Todos Bem Vindos!!!

Clique aqui e acesse para conferir!

QUESTÃO SOCIAL: o protagonismo como ferramenta de transformação

Estudantes dão exemplo de cidadania

Alunos do Ensino Médio da Escola Estadual Campos Sales desenvolveram uma atividade inédita no município de Floriano Peixoto durante este ano. Eles pesquisaram sobre a realidade das comunidades e apresentaram possíveis alternativas para os problemas detectados. Os 23 estudantes realizaram entrevistas, pesquisas e análises sobre a origem e a formação das populações rurais, o problema da água, a produção e destinação do lixo, a situação da agricultura, além da formação e funcionamento dos conselhos municipais. A partir disso, elaboraram projetos em cada área, com sugestões de ações que podem ser implantadas para resolver os problemas e acelerar o desenvolvimento do município. Como a maioria das ações está relacionada com a atuação do poder público municipal, sindicatos e cooperativas, os projetos foram apresentados ao prefeito Vilson Babicz, secretários municipais, representantes da Cooperflor, Cresol, Emater e Sindicato da Agricultura Familiar.

Na área agrícola, os alunos sugeriram a mudança da matriz produtiva, o incentivo à diversificação e a transformação dos produtos no município. O vice-presidente da Cresol, Dair Caczanoski, apresentou os dados dos financiamentos contraídos este ano pelo Programa Mais Alimento, indicando que R$ 1,5 milhão foram investidos. ''No entanto, grande parte deste recurso foi aplicada em máquinas e equipamentos. Nosso desafio é perceber que, apesar de ser fácil fazer essas compras, é preciso pensar mais estrategicamente'', afirmou. O secretário da Agricultura do município, Geraldino Moroskoski, mostrou um comparativo de rendimento entre uma mesma área plantada com soja e um pomar de pêssegos. ''O rendimento das frutas chega a ser cinco vezes maior e mesmo assim há agricultores desativando essa produção'', destacou.

Na questão do abastecimento, os alunos também sugeriram a captação de água do rio Pirassucê e a construção de cisternas e minicisternas para aproveitar a água da chuva. O prefeito Vilson Babicz disse que o município tem projeto para captação de água no ginásio municipal e nas sedes das comunidades. ''A água é o nosso maior delimitador do desenvolvimento. Uma estrutura de reciclagem de lixo implantada no município teve que ser desativada porque consumia 10 mil litros por hora'', afirmou. No final do encontro, Babicz anunciou que pretende convocar os jovens para participar das reuniões de planejamento da administração municipal e dos conselhos formados na cidade.

- via e-mail
JOSÉ ODY
jody@correiodopovo.com.br

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

OS DESAFIOS PROFISSIONAIS EM CONTEXTOS DE PRÁTICAS MULTIDISCIPLINARES

No dia 15.12.2009 foi concluído o curso “A Consolidação de Equipe Multidisciplinar no Atendimento a Violação de Direitos: Possibilidades e Limites”. Curso direcionado a profissionais assistentes sociais e psicólogos lotados no Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Gravataí/RS. O conteúdo do curso veio ao encontro das dificuldades cotidianas de se comporem equipes multidisciplinares nos espaços institucionais. Logo, o processo pedagógico escolhido foi articular a teoria e a prática a partir de oficinas para que se consolidasse a Rede Interna, na garantia da flexibilização da escuta, do compartilhamento do conhecimento e de disponibilidade para executar.

A partir deste curso se pôde fazer uma reflexão que vai além do vivido, mas que está posto em diferentes espaços onde se inserem diferentes categorias profissionais para levar adiante processos de trabalho qualificados.

Para estar em grupos profissionais, em equipes, é necessário, antes de tudo, consolidar as identidades profissionais a partir da explicitação do objeto das profissões que vão compor estes grupos, estas equipes. É o objeto profissional apropriado e materializado nos espaços institucionais que vai assegurar a composição de equipes multidisciplinares impedindo que as disputas do que é meu e do que é teu, inviabilizem possibilidades de trabalhos coletivos. Logo, a articulação do conhecimento específico da profissão e da apropriação do objeto profissional vai consolidar a identidade da profissão nos espaços institucionais. Este é o maior desafio para construir coletivos profissionais qualificados e competentes sem a perda da identidade profissional, anulando disputas e ranços profissionais que, se não contidos, vão se materializar no cotidiano pela violação de direitos dos usuários das políticas públicas transversais a diferentes processos de intervenção de qualquer categoria profissional que vá trabalhar com sujeitos que trazem em suas vidas as expressões da Questão Social.

Confira alguns momentos do curso:

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A PERÍCIA SOCIAL COMO ESPECIFICIDADE DO SERVIÇO SOCIAL NA INTERLOCUÇÃO E MEDIAÇOES DE DIREITOS!

No dia 03/12/2009, mais um Curso de Perícia Social, ministrado em Porto Alegre, pela GRATURCK foi concluído. Foi uma semana intensa, de articulação da teoria com a prática, de aprendizagem, compartilhamento e debates. Ao final, cansadas, mas inteiras, nós assistentes sociais fomos nos dando conta que a Perícia Social como especificidade da profissão explicita a interlocução e mediações de direitos na materialização da profissão nos espaços jurídicos e, conseqüentemente, a consolidação do Projeto Ético-Político profissional. Logo, neste momento é importante iniciarmos uma reflexão, realizando um contraponto, a partir dos fundamentos da profissão, respeitando a posição contrária, sobre este espaço de trabalho que se materializa para os assistentes sociais como um campo de trabalho autônomo. No entanto, sabemos que esta possibilidade só poderá se consolidar se a categoria superar as idiossincrasias teóricas que acompanham a concepção de Perícia Social.

Do nosso ponto de vista, não é mais possível aceitar que a Perícia Social seja tratada como instrumento e que o Estudo Social, cuja história está vinculada à própria identidade da profissão, como documento específico do Serviço Social, seja tratado como uma metodologia de avaliação pura e simplesmente. Não é mais possível aceitar que a materialidade da profissão seja confundida e considerada como pareceres, laudos e relatórios. Estas concepções, a nosso ver, reduzem o Serviço Social à dimensão de instrumento e, depois, nos contextos de prática, se contesta a precarização da profissão!

Pode-se afirmar que a Perícia Social como especificidade do Serviço Social nada mais é do que “um processo de avaliação que implica no desvendamento da Questão Social na vida dos sujeitos cujas situações demandam a intervenção da Justiça a partir da interlocução e mediações de direitos” (2008.1). E esta concepção vem da especificidade do Serviço Social através de seus fundamentos a partir da Perícia como campo de interlocução com o judiciário que vem se constituindo como um espaço aberto a todas as profissões e se materializa como um campo de exercício de trabalho autônomo a contabilistas, psicólogos, psiquiatras, engenheiros, médicos de qualquer especialidade e assistentes sociais, dentre tantos outros. A partir desta perspectiva, é a especificidade de cada profissão que vai determinar a característica das avaliações, dando visibilidade no campo jurídico a Perícia Psiquiátrica, a Perícia Psicológica, a Perícia Contábil, a Perícia Social, etc... Assim, demarcando o campo de conhecimento que estará avaliando o que foi solicitado pela Justiça, para que a mesma atue com conhecimento de causa fornecido por outras profissões que colocam seus conhecimentos específicos a serviço da interlocução com o judiciário, a partir de um conflito de interesses.

No entanto, neste campo de trabalho, um número expressivo de profissionais assistentes sociais se apropria da Perícia Social como instrumento, deixando de lado a compreensão de que ela se torna uma especificidade na materialização do Projeto Ético-Político profissional na interlocução e mediações de direitos entre os sujeitos e a Justiça.

Este entendimento vem proporcionando um processo teórico confuso que tem repercussões sérias, tanto para os usuários, como para os profissionais que a executam. Esta apropriação vem se firmando recentemente (2009), na categoria, explicitando uma confusão existente em relação à compreensão de que Estudo Social é o mesmo que Perícia Social. Equívoco histórico a nosso ver, que vem gerando a precarização do trabalho dos assistentes sociais lotados nas prefeituras. Estes estão sendo “sutilmente” convocados a prestarem serviços ao judiciário em detrimento à operacionalização das políticas públicas para que foram contratados, suprindo sem remuneração a carência de assistentes sociais no âmbito do Judiciário.

Logo, o Serviço Social a partir desta apropriação, no nosso entender, retoma a complementaridade que na época, pelos idos de 1917, Mary Richmond pontuou ao afirmar que o Serviço Social destinava-se a ser também “um auxiliar nos setores da medicina, da pedagogia, da jurisprudência e da indústria”. E, ao mesmo tempo, também retoma a subserviência, escancarando a sua própria contradição: avanço no campo teórico na apropriação dos fenômenos sociais e retrocesso na materialização da profissão na “prática miúda” dos assistentes sociais!

Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck

Confira alguns momentos do curso:




quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A Graturck apóia Luiza Erundina

- do site do CONGEMAS (Colegiado Nacional de Gestores Municiapais da Assistência Social)

A Deputada Federal e ex-Prefeita de São Paulo Luiza Erundina foi condenada a devolver R$ 350.000,00 por um anúncio publicado, em 1989, a favor da greve geral dos trabalhadores.

Luiza Erundina tem uma história de lutas a favor da democracia, da cidadania e dos trabalhadores.

Por conta deste anúncio, ela - que hoje tem 75 anos - teve seu único apartamento penhorado e está tendo todos os meses 10 por cento de seu salário bloqueado.

Luiza Erundina tem uma história marcante. Uma história e uma trajetória que enchem de orgulho o CONGEMAS.

Assim, estamos juntos num amplo movimento para arrecadarmos, em uma ampla parceria, os R$ 350.000,00 para que a dívida seja paga.

ENTRE NO MOVIMENTO LUIZA, EU APOIO VOCÊ

Deposite o que você puder no Banco do Brasil. Agência 4884-4. Conta corrente: 2009-5

O Presidente do CONGEMAS conversou com a Deputada Luiza Erundina e ela fez questão de nos encaminhar vários documentos.


- Folha de São Paulo de 15 de março de 1989
- Folha de São Paulo de 17 de março de 1989
- Diário Popular de 17 de março de 1989
- Carta histórico